sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vazio...


Existe o tempo inevitável,onde começamos a selecionar a bagagem da viagem que nos leva de volta a verdadeira origem.A inquietação dos pensamentos é tanta que as dúvidas correm e acham logo seu lugar no grande báu que irá carregar a energia da vida...pensamos então desde o início: Nossa é muita bagagem! Não haveria espaço, o início é confuso...tumultuado...com lembranças picotadas e sem brilho.Seria farto o tanto de dor,seria estranhamente pincelado pela sensação de solidão que já se encontra dentro do baú ocupando um espaço maior que o desejado e fazendo parte desse conteúdo por um longo tempo indesejado...tristezas,mágoas,decepções...já na bagagem!Mas nem sempre tudo foi assim tão borrado de vazio,os sonhos, as vontades o desejo de sempre ser mais forte que a própria força já existiu, ocupando o lugar que hoje é ocupado pela conformidade que conseguiu cobrir sorrateiramente toda bagagem anulando a insanidade do sonhar...Marcas na carne que sobre carregam a alma e assim continuamos com a enorme incumbência e responsabilidade sobre o conteúdo desse baú.Nos afastamos daquilo que achavamos raiz e junto com uma análise fria percebemos que não existe lugar para o amor ele foge e em seu lugar o egoísmo se acomoda...mas não existe motivo para questionar, essências não mudam... a minha verdade pode ser a mentira de muitos valores,quem existiu no passado não sobreviveu ao futuro e nem poderá modificar o conteúdo final.A lista de pertences continua e esses que são meus ninguém pode tocar.Mas aberto o baú não existe como fecha-lo e mesmo que assim fosse possível nada seria diferente do que foi pois são nossos maiores temores que nos impedem de enxergar o verdadeiro conteúdo que teremos que carregar.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Identidade


Existe o tempo de ir...mas também o de retornar...hoje o universo sabiamente me colocou num novo caminho, e o que a muito estava adormecido, gritou iluminando minha alma. O tempo de esquecimento chega ao fim e hoje eu fui abençoada com uma súbita força vinda dos céus e diante dos meus olhos perdidos recobrou minha identidade e através das brumas descobri que nossas verdades são testadas e muitas vezes demoramos para atender o chamado...aqui estou coberta pela sua luz e com confiança perfeita creio que abençoados são meus pés que me levaram a estes caminhos...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dor...

Mas nem sempre é necessário tornar-se forte.
Temos que respeitar nossas fraquezas.
Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza
legítima à qual temos direito.
Elas correm devagar e quando passam pelos
lábios sente-se aquele gosto pouco salgado,
produto de nossa DOR mais profunda.

clarice lispector

sábado, 9 de janeiro de 2010

Clarice Lispector


...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.